domingo, 2 de dezembro de 2012

Mitos e Rituais Indígenas


O principal objetivo dos mitos é contar como as coisas chegaram a ser como são hoje. Eles explicam como as divindades, homens, animais e plantas se diferenciam.

Já os rituais fazem um caminho inverso. Os seus enfoques são contar os mitos ou recriá-los, com o objetivo de promover um retorno a esse tempo e mostrar que não havia diferença entre as divindades como homens, plantas e animais que comunicavam entre si, produzindo sua existência por meio de interação.

Para os indígenas, essa interação é essencial, pois, segundo eles, é dos cosmos místicos que são extraídas as matérias-primas para a construção das pessoas e da sociedade. Perder essa interação e esta essência é viver em um mundo sem sentido.

Nos rituais de iniciação, os neófitos ou iniciantes são retirados da sociedade e do convívio social para se desligar do mundo exterior, passando por um processo que os indígenas chamam de liminar, idade na qual a fronteira do mundo social humano parece borrar-se. Só depois deste processo, o iniciante ou o neófito pode voltar ao mundo, porém já transformado na visão do indígena. 

A maioria dos rituais indígenas é uma celebração das diferenças, sejam entre todos os seres do universo ou entre nós, os seres humanos. Essa celebração é feita com comidas e bebidas, pinturas pelo corpo e, em algumas ocasiões, através de cantos e artefatos.




O chocalho é um dos objetos presentes nos rituais indígenas.

É utilizado para cura e purificação.


Hoje em dia, numa forma de difundir a cultura indígena, os artefatos ritualísticos são vendidos como artesanato. Caso queira adquirir um desses objetos, acesse: Rede Indígena Solidária de Arte e Artesanato.


Confira abaixo o ritual da tribo Kamayurá que celebra a passagem para a vida adulta .





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