O principal objetivo dos mitos é contar como as coisas
chegaram a ser como são hoje. Eles explicam como as divindades, homens, animais
e plantas se diferenciam.
Já os rituais fazem um caminho inverso. Os seus enfoques são
contar os mitos ou recriá-los, com o objetivo de promover um retorno a esse
tempo e mostrar que não havia diferença entre as divindades como homens, plantas
e animais que comunicavam entre si, produzindo sua existência por meio de
interação.
Para os indígenas, essa interação é essencial, pois,
segundo eles, é dos cosmos místicos que são extraídas as matérias-primas para a
construção das pessoas e da sociedade. Perder essa interação e esta essência é
viver em um mundo sem sentido.
Nos rituais de iniciação, os neófitos ou iniciantes são
retirados da sociedade e do convívio social para se desligar do mundo exterior,
passando por um processo que os indígenas chamam de liminar, idade na qual a
fronteira do mundo social humano parece borrar-se. Só depois deste processo, o
iniciante ou o neófito pode voltar ao mundo, porém já transformado na visão do indígena.
A maioria dos rituais indígenas é uma
celebração das diferenças, sejam entre todos os seres do universo ou entre nós,
os seres humanos. Essa celebração é feita com comidas e bebidas, pinturas pelo
corpo e, em algumas ocasiões, através de cantos e artefatos.
O
chocalho é um dos objetos presentes nos rituais indígenas.
É
utilizado para cura e purificação.
Hoje em dia, numa forma de difundir a
cultura indígena, os artefatos ritualísticos são vendidos como artesanato. Caso
queira adquirir um desses objetos, acesse: Rede Indígena Solidária de Arte e Artesanato.
Confira abaixo o ritual da tribo Kamayurá que celebra a passagem para a vida adulta .
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