sábado, 1 de dezembro de 2012

Clara, cultura das raças.




Clara Nunes, uma das maiores cantoras que encantou o Brasil, lançou discos com sambas que homenageavam sua principal religião: o candomblé. Ela foi a primeira artista a assumir publicamente a religião afro-brasileira que, trazida da África pelos escravos, se tornou parte da cultura e do folclore brasileiro.

Esta crença se fortificou no estado da Bahia, porém Clara não tinha nada de baiana, era mineira. Parte de seu visual era composto de flores no cabelo, e colares de búzios. Seu figurino prestava homenagem aos orixás, as cores obedeciam às do santo no dia, azul para Ogum, vermelho para Iansã e Xangô, verde para Oxóssi, amarelo para Oxum, azul e branco para Iemanjá e roxo para Nanã Buruquê. Em seus clipes, muitas velas, atabaques e danças de rituais que caracterizavam o candomblé.
Clara Nunes, eternizada no candomblé como filha de Iansã e Ogum.

Clara se tornou a diva dos terreiros, a guerreira dos orixás, cantou e encantou o Brasil e todo o mundo com o seu samba. Além disso, quebrou paradigmas no imaginário popular.

Em 2012, Clara Nunes completaria 70 anos e, em comemoração, a cantora ganhou um Memorial na sua cidade natal, Caetanópolis, no interior de Minas Gerais.

Confira abaixo um dos principais sucessos de Clara:


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