quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

ETNIAS: como surgiram esses povos importantes no Brasil.

Para entender o surgimento das etnias no Brasil, é preciso voltar ao tempo, à época do descobrimento do nosso país.

O descobrimento do Brasil foi uma aventura no Novo Mundo, assim chamado pelos navegadores portugueses que enfrentaram terríveis tempestades nos mares, há mais de 500 anos atrás.

Por volta dos séc. XIV e XV, surgiu então o Brasil, país dotado de uma enorme variedade de povos e paisagens, onde, neste início, as etnias predominantes eram os índios, os nativos senhores da selva que viviam de uma forma muito diferente da nossa atualmente.

Logo, iniciaram-se as misturas das raças; já havia no Brasil o homem branco, originado de Portugal, representado pelos espanhóis, o índio, povos nativos da nova terra descoberta e a mistura dessas duas raças deu origem aos mamelucos, nova etnia que começava a enraizar no país.

Após algum tempo, os negros, principalmente da costa ocidental africana, foram trazidos para o novo país como mão de obra escrava. O negro no Brasil deu origem a mais uma etnia: a junção do homem negro com o homem branco gerou o mulato ou mestiço; e a junção do homem negro com o índio original do Brasil originou o cafuzo.

Essa miscigenação de nosso país faz com que aconteça uma grande experiência cultural, puramente genética e social. Essa mistura reflete a ‘cara’ alegre e colorida do nosso país.




Imagem disponível em http://www.girafamania.com.br/artistas/personalidade_wasth.htm

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

“Quanto vale ou é por quilo?” um soco na mente!


“Quanto vale ou é por quilo?” é uma produção nacional de 2005, que teve com diretor o cineasta paranaense Sérgio Bianchi, bastante conhecido no cenário cultural por suas obras críticas e polêmicas. 
 O filme nos leva a uma profunda reflexão das relações estabelecidas na sociedade brasileira, reproduzindo uma história contraditória do mundo dos senhores e escravos, exploradores e explorados. Duas histórias se entrelaçam no decorrer do roteiro, uma se passa no século XVII e há outra nos dias atuais. 
 O comparativo é explicito e demonstra que mesmo após quatro séculos ainda existe uma grande prática da exploração da miséria no nosso país. 
 O longa nos mostra uma realidade amarga, encoberta pela exploração da pobreza frente as boas ações que todos nós pensamos praticar no dia a dia. Esses atos praticados por uma Organização Não Governamental – ONG, é comparado com o período da escravidão, onde a coisificação do homem era utilizada como moeda para aqueles que necessitavam sobreviver.

                                   
Trailler do Filme


SOM DE PRETO


“O mistério de nossa música é o mistério do Brasil
Mesmo, diz-me o que cantas e eu te direi quem és.
Mas nós cantamos tanta coisa e tão diferentes...
Que seremos nós?”

Renato Almeida
Revista Movimento Brasileiro, 1928.


Em todas as áreas de nossa cultura, a contribuição dos negros é sempre responsável por um tempero especial e pela capacidade de improvisação – o chamado jogo de cintura. Na música, não poderia ser diferente.

A black music, no Brasil, também conhecida como música afro-brasileira e, nos Estados Unidos, como música afro-americana, é um termo dado a todo um grupo de gêneros musicais que emergiram ou foram influenciados pela cultura de descendentes africanos em países colonizados por um sistema agrícola, baseado na utilização de mão-de-obra escrava (plantation). É comum, em toda a América, onde o uso de mão-de-obra escrava negra foi amplamente utilizado.

As músicas tribais africanas foram trazidas pelos escravos para os países americanos, onde se mesclaram com outros ritmos europeus, formando novos gêneros musicais, tais como: axé, carimbo, funk carioca, gospel, ijexá, lambada, lundu, maxixe, maracatu, pagode, samba e soul.

Os dez cantores negros mais conhecidos do Brasil.


Alcione: a Marrom é uma das grandes representantes da cultura negra de nosso país.
Além, é claro, de ser uma sambista de primeira.



Milton Nascimento: Bituca é uma das grandes vozes da MPB.


Djavan: o alagoano é dos cantores e compositores de maior sucesso no Brasil.


Tim Maia: um dos mais irreverentes e espontâneos cantores do Brasil.
O síndico número 1 do país divertia multidões, fazendo rir e também emocionando.



Elza Soares: a viúva de Garrincha até hoje arrebenta com sua voz rouca e potente.


Gilberto Gil: o artista negro brasileiro mais conhecido no exterior.



Racionais MC's: principais representantes do rap e hip-hop nacional.


Jorge Benjor: o pai do samba rock, também conhecido como Jorge Bem ou Benjor.
É um super fabricante de grandes sucessos.



Seu Jorge: um dos ícones da atualidade.




Luis Melodia: considerado por muitos com a mais bela voz do Brasil.




A promessa do The Voice Brasil

A brasiliense Ellen Oléria foi destaque do programa e é hoje uma das mais fortes candidatas ao título The Voice Brasil. Ellen foi disputada pelos quatro técnicos e escolheu ser dirigida por Carlinhos Brown.


Ellen Oléria escolheu a música 'Zumbi', de Jorge Ben Jor e tocou violão em sua audição.
A plateia a recepcionou calorosamente. Claudia Leitte, Carlinhos Brown e Lulu Santos a aplaudiram de pé.


Influenciada pela multiplicidade das músicas de Gilberto Gil, Alceu Valença, Carlinhos Brown e Racionais Mc’s; pelas divas do samba Jovelina Pérola Negra, Clementina de Jesus e Lecy Brandão; pelo suingue da música africana de Bonga (Angola) e Richard Bona (Camarões); pelas vozes do soul e do R&B americanos de Jill Scott, Tina Turner e Nina Simone, a música de Ellen Oléria se somou à influência do samba-jazz da banda Pret.Utu, em outubro de 2005, e a partir disso não deixou dúvidas sobre a que veio: representar com primor a música “brazuca”.

Se você não viu a apresentação de Ellen no programa The Voice Brasil, não perca essa oportunidade. Acesse: GloboTV.http://globotv.globo.com/rede-globo/the-voice-brasil/v/ellen-oleria-canta-zumbi-de-jorge-ben-jor-na-audicao-do-the-voice-compartilhe/2155648/


Preciosidades de nossa Terra

O artesanato indígena é uma das artes que valoriza a cultura desse povo. 

Arte já  conhecida pela população brasileira e estrangeira.  Produtos tais como cestaria, colares, armas, cerâmicas, instrumentos musicais,  esculturas, são produzidos e vendidos em grande escala. 

 Ao longo das postagens do TRIBAL DOURADO, serão postadas curiosidades a respeito dessas ferramentas e as tribos que as produzem.
Artesanato feito de CAPIM DOURADO transforma matéria-prima em peças maravilhosas e muito procuradas no mercado.
 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Etnia e seu significado

Etnia significa povo e é um termo de origem grega. Esta palavra é utilizada para denominar um determinado grupo que possui afinidades de idioma e cultura, independente do país em que elas estejam.

O termo etnia surgiu inicialmente em Israel, especificamente na época retratada na Bíblia, quando as pessoas que ainda não tinham sido evangelizadas, ou seja, ainda não tinham recebido a pregação, eram excluídas e diminuídas por aqueles que já tinham passado pela evangelização.

A etnia é utilizada também de forma pejorativa, para significar preconceito contra um determinado grupo racial, ou para mostrar pessoas excluídas, que são minoria. Etnia é exatamente a sua tradução, um grupo de indivíduos que possuem fatores culturais iguais, como religião, língua, roupas e não apenas a cor da pele, por exemplo. Por esta razão, atualmente, existem diversos conflitos entre etnias, como por exemplo, na África, onde há várias etnias.

A etnia representa a consciência de um grupo de pessoas que se diferencia dos outros. Esta diferenciação ocorre em função de aspectos culturais, históricos, linguísticos, raciais, artísticos e religiosos.

 
Os indígenas fazem parte das várias etnias que compõem o Brasil.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Linguagem afro-brasileira: influências da cultura africana na comunicação do nosso cotidiano.

            A Língua Portuguesa é composta da junção da linguagem de diferentes culturas como a
africana. A língua dos negros, desde a época da escravidão, vem fazendo diferença pelo
seu acréscimo de termos e dialetos utilizados ao longo dos anos.
           Atualmente, em todos os níveis do conhecimento, a cultura africana está incorporada à
cultura brasileira. Com essa herança cultural, por inúmeros momentos, pronunciamos
algumas palavras de origem africana sem ao menos saber.
          Como exemplo dessas palavras, podemos citar duas muito utilizadas no nosso dia a dia,
sendo elas a palavra moleque que significa homem sem palavra ou menino pequeno e a
palavra caçula, ou seja, o mais moço ou o que é mais novo dos filhos ou dos irmãos.
           Além dessas palavras, pratos culinários e nomes de pessoas também são alguns
exemplos da influência cultural africana no Brasil. Como alguns exemplos, podemos
citar: moqueca, pamonha, pipoca, rapadura, vatapá e, quanto aos nomes próprios, temos
Janaína, Jamil, Selma, Latifa, Késia, Naila, Dandara, Juma, Kênia, Bia, Dalila, Fátima,
Fidel, Hibraim, Ismael, Jamal Nubia, Samir, Tabita, Layla, Zahra e outros.
 
Moqueca: a culinária baiana é a que mais demonstra a influência africana nos seus pratos típicos.
 
            Só na Bahia, registram-se 5000 vocábulos de origem africana. E, como exemplificado,
os termos usados pelos africanos são marcantes e, devido a isso, se popularizaram no
nosso cotidiano.
            Infelizmente, apesar dessa grande influência que a cultura negra exerceu e ainda exerce
na nossa vida, até hoje, existe um preconceito racial da sociedade com relação aos
negros, preconceito esse que prevalece por meio daqueles que desconhecem esta rica
e extraordinária cultura africana. E é para reverter esse quadro que nós do PIM Raízes
temos orgulho em divulgar a cultura africana que é a cara do nosso Brasil.
 
         


domingo, 2 de dezembro de 2012

Mitos e Rituais Indígenas


O principal objetivo dos mitos é contar como as coisas chegaram a ser como são hoje. Eles explicam como as divindades, homens, animais e plantas se diferenciam.

Já os rituais fazem um caminho inverso. Os seus enfoques são contar os mitos ou recriá-los, com o objetivo de promover um retorno a esse tempo e mostrar que não havia diferença entre as divindades como homens, plantas e animais que comunicavam entre si, produzindo sua existência por meio de interação.

Para os indígenas, essa interação é essencial, pois, segundo eles, é dos cosmos místicos que são extraídas as matérias-primas para a construção das pessoas e da sociedade. Perder essa interação e esta essência é viver em um mundo sem sentido.

Nos rituais de iniciação, os neófitos ou iniciantes são retirados da sociedade e do convívio social para se desligar do mundo exterior, passando por um processo que os indígenas chamam de liminar, idade na qual a fronteira do mundo social humano parece borrar-se. Só depois deste processo, o iniciante ou o neófito pode voltar ao mundo, porém já transformado na visão do indígena. 

A maioria dos rituais indígenas é uma celebração das diferenças, sejam entre todos os seres do universo ou entre nós, os seres humanos. Essa celebração é feita com comidas e bebidas, pinturas pelo corpo e, em algumas ocasiões, através de cantos e artefatos.




O chocalho é um dos objetos presentes nos rituais indígenas.

É utilizado para cura e purificação.


Hoje em dia, numa forma de difundir a cultura indígena, os artefatos ritualísticos são vendidos como artesanato. Caso queira adquirir um desses objetos, acesse: Rede Indígena Solidária de Arte e Artesanato.


Confira abaixo o ritual da tribo Kamayurá que celebra a passagem para a vida adulta .